PROFESSORES - GREVE NACIONAL DA EDUCAÇÃO.
Mesmo debaixo de forte chuva, que caiu na manhã desta quarta-feira, 14,
em São Luís (MA), professores e funcionários de escolas mostraram
disposição de luta e marcaram o primeiro dia da greve nacional da
educação com um grande ato público, na Praça Deodoro, em frente à
Biblioteca Benedito Leite, Centro da cidade.
Diante do temporal,
não foi possível fazer a passeata pelas ruas do Centro Comercial, até o
Palácio dos Leões, sede do governo do Estado, mas a categoria deu o seu
recado, com faixas, panfletos e discursos, chamando a atenção da
sociedade para a falta de sensibilidade dos gestores públicos com a
educação.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão
(Sinproesemma) e o Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino
Público Municipal de São Luís (Sind-Educação) organizaram as atividades
da paralisação nacional dos educadores da capital.
“A chuva foi
uma saudação à coragem da categoria. Mesmo com o temporal, nós não
arrendamos o pé, mostrando a nossa disposição para a luta”, ressalta o
presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro. Para o dirigente, os
principais pontos da mobilização nacional são necessários para a
construção da educação pública no país. “O Piso, a Carreira e o Plano
Nacional da Educação (PNE), com a destinação de 10% do PIB, são vitais
para a educação pública de qualidade no Brasil”, destaca.
A luta pela valorização profissional do magistério não começou com a
aprovação da lei n° 11.738. O diretor de Cultura do Sinproesemma, Euges
Lima, afirma que essa batalha tem mais de um século. “No Império, os
professores das letras iniciais lutavam por melhores salários”, lembra.
A secretária-geral do Sinproesemma, Janice Nery, agradeceu a presença
dos recém-nomeados no ato público e destacou o grande desafio que os
novos profissionais têm à frente da educação pública no Maranhão. “Quero
dar boas-vindas e convidar os novos colegas para engrossar as fileiras
da nossa luta no estado”, enfatiza a educadora.
O diretor de Comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres, elogiou a
iniciativa da Confederação Nacional dos trabalhadores Educação (CNTE),
principalmente, porque a greve une a categoria no país. Júlio aproveitou
o ato para discordar do discurso de que boa parte dos gestores
municipais, no Maranhão, paga o piso. “Não são verdadeiras as notícias
de que os prefeitos pagam o piso. Nosso sindicato tem mostrado isso nas
denúncias feitas diariamente”, afirma o sindicalista.
A programação da greve nacional da educação no estado continua nos
próximos dias. Nesta quinta-feira, 15, a partir das 9h, está previsto um
debate com deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Já na sexta-feira, 16, os educadores vão conhecer os avanços no texto do
Estatuto do Educador. A direção do Sinproesemma vai apresentar o
documento aos trabalhadores em educação a partir das 8h30, no auditório
da Associação Comercial do Maranhão, na Praça Benedito Leite, Centro
Histórico de São Luís.
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