Professores da rede estadual de ensino voltaram a paralisar as atividades nesta quinta-feira, dia 22. A paralisação será por 48 horas e faz parte da mobilização dentro da Semana Nacional de Valorização e Promoção da Educação Pública, que tem como principal foco de discussão a aprovação do Estatuto do Educador.
Como nas outras duas manifestações realizadas somente nesse primeiro semestre, os educadores saíram da Praça Deodoro e caminharam até a frente do Palácio dos Leões, na Praça Dom Pedro II, onde realizaram um ato público.
O secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão – Sinproesemma, Júlio Guterres, informou que após a última paralisação da classe, realizada em 6 de abril, houve apenas uma reunião entre a diretoria do Sindicato e o novo secretário de Educação, Anselmo Raposo.
Guterres disse que a reunião serviu apenas para os educadores apresentarem as reivindicações e informar a situação da rede estadual de ensino ao novo secretário e ouvir as propostas do governo. Porém um novo encontro entre as duas partes está marcado para a próxima segunda-feira, 26.
Escolas sem professores
Júlio Guterres disse que, além da aprovação do Estatuto do Educador, o sindicato está cobrando também a regularização da situação da educação estadual. Ele relata que muitas escolas estão sem aulas em todo o estado porque faltam professores.
“A situação das escolas em todo o estado mostra o pouco caso que o governo do estado está tratando a educação”, denunciou.
A falta de professores, segundo o secretário de comunicação, acontece devido a demora do governo em chamar os aprovados no concurso público e no seletivo realizados no início do semestre. Ele disse também que o total de nove mil professores aprovados nos seletivos é insuficiente para completar o quadro das escolas da rede estadual.
Gutrerres frisou que de acordo com um levantamento realizado pelo Sinproesemma, São Luis é o município onde há a maior deficiência no quadro de professores das escolas estaduais.
“Em São Luis a escola que tem o melhor quadro de professores, faltam 10 profissionais. Essa realidade é uma constante em todo o estado”, relatou.
Ultimato
A reunião entre o secretário Anselmo Raposo e representantes do Sindicato dos Professores, marcada para a próxima segunda-feira, dia 26, será um ultimato do sindicato ao governo, segundo afirma Júlio Guterres.
“Vamos aguardar essa reunião de segunda-feira. Se percebermos que as negociações não avançam, deflagraremos uma greve geral", garantiu.
A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seeduc), informou que a secretaria não se posicionaria acerca da paralisação desta quinta e sexta-feira por fazer parte de um calendário nacional e não resumir-se apenas ao estado.
Sobre a possibilidade de greve geral e as demais reclamações dos educadores, a assessoria informou que a Seeduc tomará um posicionamento apenas após a reunião de segunda-feira, mas que está confiante que todos os impasses serão resolvidos nessa reunião.
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