quarta-feira, 1 de julho de 2009

DEM pede saída de Sarney da presidência do Senado




Um dos partidos que até então sustentavam José Sarney (PMDB-AP) no comando do Senado, o DEM decidiu nesta terça-feira (30)engrossar o coro para vê-lo licenciado da presidência da Casa.

Em reunião de bancada que durou duas horas, os parlamentares avaliaram que as denúncias envolvendo um neto de Sarney e sucessivas polêmicas em torno de nomeações de parentes e apadrinhados do presidente acabaram com a sustentabilidade do peemedebista no cargo.

"É uma posição partidária consensual de propor que o presidente Sarney se licencie durante o prazo que todas as investigações em curso no Senado, tanto no Ministério Público, no Tribunal de Contas da União e na sindicância interna, sejam concluídas. Decidimos assim para que a apuração seja acreditada pela sociedade", afirmou o líder do DEM, José Agripino Maia (RN).

O líder do DEM não estipulou um prazo para o licenciamento. Inicialmente, os parlamentares falavam em um afastamento de 60 dias, mas preferiram não escolher um prazo. Agripinio disse que vai convocar uma audiência com Sarney para, ao lado do presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), comunicar oficialmente a decisão.

"O DEM foi fundamental para a eleição do presidente Sarney. Tomamos essa decisão não por gosto, mas pelo interesse de entrar em sintonia com a opinião pública", justificou Agripino.

Além da reunião do DEM, também as bancadas do PT, PMDB e PSDB devem se reunir nesta terça-feira (30) para debater o futuro do presidente do Senado.

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) afirmou que já não havia mais condições para defender a permanência de Sarney no cargo. "Como é que você, estando na presidência da instituição, vai investigar de maneira isenta essas denúncias", questionou a senadora.

Por telefone, o G1 tentou contato com a assessoria do presidente José Sarney e ainda aguarda o retorno da mensagem deixada no celular.

Maiores informações acesse: www.g1.globo.com

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