DESCASO POR PARTE DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO PARA COM A ESTRADA QUE LIGA A CIDADE DE GRAJAÚ À CIDADE DE ARAME-MA. VERGONHA E DECEPÇÃO, É O QUE DIZEM MUITOS MORADORES DA REGIÃO, POIS COM A PROXIMIDADE DO INVERNO IRÃO FICAR ISOLADOS E DESAMPARADO NOVAMENTE.
Péssimas condições da Rodovia MA – 006 coloca em riscos passageiros e compromete trafegabilidade de pessoas
A via estadual que liga a BR 222 aos municípios de Arame e Grajaú é a mais importante rodovia desta parte do Estado
Buracos, cratera s, acidentes, mortes estes são partes do cotidiano de centenas de milhares de pessoas que necessitam diuturnamente utilizar-se da Rodovia Estadual MA 006, que liga o entroncamento com a BR 222 à sede do Município de Arame (91km), bem como o trecho que liga esse mesmo Município à cidade de Grajaú (130km). Por anos a fio, moradores, pequenos agricultores, viajantes e comerciantes têm clamado por uma ação, e pleiteado a recuperação da referida estrada.
A via estadual de comunicação, liga importantes povoamentos humanos, como a Vila Faísa, a Vila do Incra, que são localidades que concentram forte comércio a abastecer as milhares de pessoas oriundas dos diversos Assentamentos de Reforma Agrária existentes na região. Como tais concentrações não dispõem de serviços públicos básicos, principalmente nas áreas de saúde e educação, milhares de pessoas utilizam-se diariamente dos mais variados meios de transportes (vans, taxis, paus de arara), objetivando chegarem aos municípios de Arame, Buriticupu, Santa Luzia e Santa Inês, utilizando-se para tanto a precária malha viária da MA 006, a situação é de total abandono, deixando os moradores da região com apenas duas opções: ficar no mais completo e absoluto isolamento ou tentar trafegar pela via, correndo sério e iminente risco de vida.
Já neste ano de 2011, o Ministério Público do Maranhão, através da Promotoria de Justiça de Arame, propôs uma Ação Civil Pública, com pedido de Tutela Antecipada, visando a recuperação da Rodovia MA 006 no trecho expresso anteriormente.
Nas alegações dos fatos que motivaram a representação Ministerial, enfatiza o Parquet: “A camada asfáltica, em razão da falta de conservação a cargo do Poder Público, praticamente não existe mais. O que resta são pedaços de asfalto como pequenas ilhas no meio de uma imensidão de buracos, crateras, matos, animais soltos, árvores caídas, dentre outros obstáculos à travessia dos que desejarem expor sua vida a perigo”.
Na peça exordial, que se encontra tramitando na Justiça, a título de exemplificação a Promotoria de Justiça menciona: “Se algum morador da região necessitar de deslocamento urgente até o Hospital Municipal de Arame, possivelmente morrerá sem assistência médica, considerando-se a dificuldade de acesso das ambulâncias ao local. Na área de segurança pública, dificilmente alguma viatura da Polícia Militar ou da Polícia Civil conseguiria chegar a esses aludidos povoados. Isto nos leva a conclusão de que os moradores estão lançados à própria sorte e serão obrigados ao exercício da autotutela de seus direitos contra investidas de terceiros, ante a impossibilidade do Estado de lhes garantir um mínimo de segurança”, finaliza o representante do Ministério Público do Maranhão.
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