O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, admitiu na segunda-feira que a questão ainda não está solucionada e será o centro do debate dos 83 membros do diretório. “Vamos homologar a aliança com o PMDB em Minas, que está resolvida, e definir o que vai ser feito no Maranhão”, diz José Eduardo. Previsão de resultado? “Deus sabe...”. Presidente estadual, Raimundo Monteiro relata que esgotou as tentativas de negociação e aguarda a decisão final da executiva em Brasília.
O pré-candidato do PCdoB ao governo do Estado, Flávio Dino, que recebeu o apoio do PT maranhense, afirma que a direção comunista levou o imbróglio ao presidente Lula. “O PCdoB tem uma estratégia de resistência ativa, colocando na mesa que essa é a nossa única candidatura a governador”, estabelece Dino. “Sou um otimista ideológico. Acho que vou vencer, não estou vendo o PT nacional apoiar Roseana. Não cogito isso porque é uma coisa absurda”.
O deputado Domingos Dutra conta que o presidente Lula reconhece a legitimidade da aliança com Dino, “mas sofre pressão do chantagista do Sarney”. As denúncias de compra de voto dos delegados petistas, supostamente pelo grupo do senador José Sarney, ampliaram os tumultos na composição do palanque regional de Dilma.
O deputado petista anunciou que haverá vigília na sede do PT no Maranhão, na Câmara Municipal de Imperatriz e na Câmara Municipal de Caxias. O deputado fará vigília no plenário da Câmara. Caso se confirme a decisão da direção nacional, Dutra anunciou que fará greve de fome também no plenário. “Cumprimos as regras do partido, vencemos em uma disputa desigual, escolhemos um candidato limpo, da base do governo e de um partido que fez todas as concessões para o PT. Espero que o PT, que ajudei a fundar, continue respeitando as disputas internas democráticas”, afirmou Dutra.
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