sábado, 24 de abril de 2010

Veja! Site 'Juízo Final' estréia com debate sobre golpe político no MA


SÃO LUÍS - A distorção da notícia pelo Sistema Mirante de Comunicação, que pertence ao grupo Sarney, em relação ao “golpe” político no Maranhão, mostra que é necessário, cada vez mais, o advento de veículos independentes para a transmissão da verdadeira notícia, como os blogs, por exemplo.

O que houve no Maranhão não foi um golpe, mas um contra-golpe.

A cassação do governador deposto, Jackson Lago (PDT), na madrugada sombria do dia 16 de abril de 2009, no TSE foi um golpe na vontade do povo do Maranhão. Os ministros fizeram, diante dos olhos dos brasileiros, um julgamento eminentemente político. Basta lembrar que, num dado momento, houve um empate no plenário do TSE: 3 X 3 num momento crucial em que estava em jogo a vontade livre e soberana dos maranhenses, expressa em mais de 1 milhão e 300 mil votos.

A decisão da Justiça Eleitoral envergonhou os brasileiros, pois o então presidente do TSE, ministro Ayres Brito, não entendeu o placar, declarando cassado o mandato de Jackson Lago. E foi preciso que outro ministro fizesse a advertência ao ministro presidente de que acontecera um empate.

Então veio o pior. A população maranhense assistiu um ministro a proferir um voto claudicante, inseguro, sem arrimo jurídico, para desempatar aquela situação em desfavor do governador Jackson Lago e do povo do Maranhão.

Mas, o povo ainda não ‘engoliu’ essa decisão, prova disso, foi que ao completar agora um ano de ‘golpe e tristeza’ no Estado, tanto a governadora Roseana, como o vice-governador João Alberto, durante uma visita no município de Imperatriz, no último dia 13, foram recebidos com vaias.

Não são apenas as vaias que começam a incomodar a governadora Roseana, a rejeição popular e a formação de alianças para buscar a reeleição também começam a atormentar o grupo Sarney, outro exemplo claro de insatisfação popular, foi a decisão do PT em declarar apoio ao PCdoB e não ao PMDB de Roseana. Mesmo sobre as sombras do presidente Lula, a governadora não conseguiu convencer a maioria dos petistas maranhenses, que ainda guardam nas lembranças a revolta do golpe.

O empenho de Lula no apoio a Roseana se materializou com a presença, em São Luís, do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, mas, mesmo assim a peemedebista não conseguiu a tão desejada aliança. “O PT mudou, mas não mudou de rumo. Não dá para ir com a turma que sempre maltratou os maranhenses”, discursou a ex-deputada Terezinha Fernandes.


Hoje, dia 24 de abril, data que se comemora o aniversário do senador José Sarney, surgiu um novo movimento que visa debater o golpe político que ocorreu no estado. A idéia, segundo os organizadores, é incentivar a sociedade a se posicionar contra esse ato de força.

O ‘juízo final’ lançou na internet uma página eletrônica para discutir todas as mazelas causadas pela Oligarquia Sarney no Maranhão. Jovens e adultos; empresários, políticos, estudantes, enfim, pessoas de diferentes classes e denominações do Maranhão, defensores da justiça e da ordem institucional, começaram a se manifestar contra o golpe de estado aplicado no dia 16 de abril de 2009, incentivando a sociedade a se posicionar contra esse ato de força.

No site de www.ojuizofinal.com.br, os maranhenses deploram a cassação do governador eleito, Jackson Lago, a suspensão das garantias cidadãs (como o voto popular), os escândalos causados pela oligarquia Sarney, o desprezo dos meios de comunicação da família Sarney, além de outros temas relacionados ao Maranhão.

Também condenam a postura do Sistema Mirante (batizado por eles de Sistema “Mentira”) que, “usando e abusando de seu sinal de grande alcance” se atribuíram o direito de ‘desenformar’ toda a sociedade maranhense.

O Juízo Final é um grupo de pessoas que aponta para a “aberta contradição de um governo que prega paz e democracia, mas na realidade conduzem à perseguição política e à instabilidade social”.

Por fim, “O Juízo Final” chama à reflexão toda a população para que se inteirem da posição da comunidade e do direito de Cidadão com as conseqüências sociais e econômicas, que afetam os setores mais vulneráveis do estado.


Edição: Isaias Rocha

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