quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vaiado, Flamengo derrota o Caracas e torce contra rivais

RIO DE JANEIRO - A atuação não foi boa, a ira da torcida só fez aumentar, o Império do Amor não fez sua parte e o placar do alívio, com dois gols de diferença, não veio. Mas, aos trancos e barrancos, o Flamengo venceu o Caracas por 3 a 2 na noite desta quarta-feira, no Maracanã, e manteve as chances de classificação às oitavas de final da Taça Libertadores.

Para tal, porém, o time precisa torcer por outros resultados nos jogos de quinta. Os principais alvos são os Grupos 1 e 5. No primeiro, o time tem que torcer para o Racing-URU não vencer o Cerro Porteño-PAR por três gols de diferença, em Assunção. Já na outra chave, a tarefa é secar o Cerro-URU contra o eliminado Emelec. Os uruguaios não podem vencer também por três gols. Além disso, o Fla também precisa torcer para que o Inter goleie o Deportivo Quito, no Beira-Rio.

Adriano começou o jogo tentando apagar o desempenho pífio da final da Taça Rio quando o time perdeu para o Botafogo por 2 a 1. Antes dos três minutos, deu dois piques para cercar adversários. Mas a ansiedade da equipe era notória.

Angelim e David bateram cabeça aos 11, e Castellín chutou forte, mas sem direção. O drama aumentou aos 14. Após cobrança de escanteio, a defesa falhou, Cichero apareceu livre na segunda trave e bateu cruzado para Castellín, livre, dentro da pequena área abrir o placar.

Quando a tensão dominou o Maracanã, o herói do título brasileiro de 2009 apareceu, aos 17. Michael cobrou escanteio da direita, Ronaldo Angelim subiu na primeira trave e cabeceou por cima do goleiro Toyo, que falhou. A virada foi instantânea. Um minuto depois, Adriano recebeu na intermediária e passou para Michael. O apoiador chutou rasteiro e fez o segundo.

O Flamengo continuou no ataque e multiplicou chances. Aos 29, Vinícius Pacheco cruzou e Vagner Love, até então sumido, cabeceou para fora. Pouco depois, Léo Moura entrou na área, driblou e bateu cruzado. Toyo, meio atrapalhado, espalmou.

Adriano e novamente Léo Moura desperdiçaram outras oportunidades. Aos 40, Adriano rolou para Juan bater. Toyo espalmou e Bustamante colocou para escanteio, evitando a conclusão de Vagner Love. O primeiro tempo terminou com parte da torcida pedindo a entrada de Pet.

O segundo tempo começou com uma falha bisonha da zaga. O Caracas só não empatou porque Gómez furou na entrada da pequena área, aos dois. Vagner Love teve um gol corretamente anulado por impedimento logo depois. A pressão continuou. Maldonado chutou forte e Toyo espalmou.

Àquela altura, o fôlego de Adriano já não era o mesmo. Mas o atacante recebeu de Léo Moura, aos 11, e por pouco não acertou o ângulo direito.

Mas a atuação estava longe de agradar. Valoyes distribuiu dribles na zaga rubro-negra e o time venezuelano rondou a área. Os gritos por Pet se intensificaram. Por pouco, Léo Moura não faz um golaço aos 17. Vagner Love levantou na área, o lateral bateu forte e a bola passou à direita.

Antes de Petkovic entrar, aos 22, Gómez demonstrou toda a fragilidade do sistema defensivo do Flamengo. Ele driblou quem quis, humilhou David e tocou no ângulo. Empate e silêncio constrangedor.

Vagner Love chutou para fora a chance do terceiro aos 25. De frente para o gol, após passe de Juan. Se o Império do Amor não resolveu, novamente coube a um zagueiro salvar. Léo Moura rolou e David bateu no alto para fazer o terceiro, aos 29.

Quatro minutos depois, Vagner Love achou Léo na entrada da pequena área. O lateral bateu forte, por cima do travessão. Adriano recebeu ótima bola de Pet e cabeceou no alto. Tyo espalmou. E a tensão só aumentava. Até o apito final, o Fla lutou, mas tropeçou nas próprias pernas. E o coro das arquibancadas veio impiedoso: "Time sem vergonha, time sem vergonha".


GloboEsporte.com

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