"Não imaginei que o caso causaria essa repercussão toda. A minha ideia era só fazer um protesto. Sou católico e não tenho preconceito com outras religiões", afirmou Santos, ao lado do pastor Marcos Pereira, da igreja evangélica Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud), que articulou a apresentação do suspeito à polícia. "Peço perdão a toda a população do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo."
Apesar da declaração do pintor de que não teve a intenção de desrespeitar a imagem do Cristo Redentor, a delegada-titular da DPMA, Juliana Emerique, informou que o crime de injúria também fará parte do inquérito. "Ele alegou que realmente não foi nenhum ato discriminatório a qualquer tipo de religião, mas vai responder pelos dois delitos."
A pena para o crime de injúria por discriminação é de um a três anos de reclusão e multa. Para pichação em monumento tombado, que caracteriza crime ambiental, a pena é de seis meses a um ano de prisão, além de multa. Porém, a delegada acredita que Santos, de 28 anos, deve prestar serviços comunitários pelo segundo delito.
Santos foi identificado por investigadores da DPMA e da 9ª DP (Catete) pela assinatura "Aids", feita ao lado das frases de protesto pichadas na estátua do Cristo no dia 14. A polícia espera ouvir, na segunda-feira, o depoimento de outro suspeito, Edmar Batista de Carvalho, amigo de Santos e identificado pela assinatura "Zabo". Ele também teria entrado em contato com o pastor Marcos Pereira para se apresentar espontaneamente.
Agência O Estado - RJ
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