Vereador é acusado de vender carteira de motorista falsa.Veja

A própria CNH do vereador Remilson Sousa da Silva, o "Remilson das Flores", é falsa

Policiais militares da Força Tática (FT) da cidade de Grajaú, a 400 quilômetros de Imperatriz, prenderam na manhã de ontem (4) o vereador daquela cidade, Remilson Sousa da Silva, o "Remilson das Flores", que é acusado de venda de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa.

O vereador foi preso depois de ter "furado" uma barreira da Polícia Militar montada na BR-226, que corta a cidade de Grajaú. Ao ser abordado, o vereador "furou" a barreira conduzindo um veículo Fiat Uno. Foi perseguido e preso. Quando os policiais foram verificar a sua documentação, constataram que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) era falsa.

O capitão Dean, que comandou a perseguição ao vereador, disse que há cerca de 20 dias a polícia recebeu denúncia de que estava havendo um derrame de CNHs falsas em Grajaú e que eram em torno de 70 a 80 carteiras por mês. A pessoa que denunciou disse que o vereador Remilson das Flores era um dos que estavam vendendo as carteiras. Só que ele as vendia como legais, mas quando as pessoas que as adquiriram iam consultar não encontravam os seus cadastros. Por esse motivo, houve a denúncia. "Mediante essa denúncia, iniciamos um trabalho em conjunto com a Polícia Civil e já chegamos aos responsáveis", disse o capitão Dean.

Além do vereador Remilson das Flores, outras duas pessoas, sendo uma de São Luís e outra de Arame, também estariam envolvidas na venda de CNHs falsas em Grajaú.

Ontem, a Polícia Militar prendeu três motoqueiros que passaram pela barreira. Eles foram abordados e foi constatado que portavam CNHs falsas, justamente essas que foram distribuídas pelo vereador e os outros dois acusados, cujos nomes estão sendo mantidos em sigilo.

Os motoqueiros são Wanderley Amorim Barros, Francisco das Chagas da Conceição e João Gomes Soares Filho.

Segundo o capitão Dean, a maioria das CNHs falsas distribuídas em Grajaú é do estado do Tocantins, mas tem também do Maranhão. "É uma falsificação muito grosseira, por sinal", disse o militar.

Edição: Isaías Rocha