sexta-feira, 17 de julho de 2009

Contra as injustiças, só o silêncio, a paciência e o tempo’, diz Sarney


Presidente do Senado fez um discurso de balanço do semestre.
Sessão é a última do semestre antes do recesso parlamentar.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fez um discurso de desabafo nesta sexta-feira (17), último dia de sessões da Casa, antes do recesso parlamentar.

“Contra as injustiças, só o silêncio, a paciência e o tempo”, declarou Sarney, de sua cadeira da presidência no plenário da Casa.

O presidente fez um balanço do semestre e apresentou um relatório de atividades realizadas no período. Os demais parlamentares que acompanham a sessão manifestaram solidariedade a Sarney. “Não enxergo todo esse descrédito por parte da população brasileira. Por mais que se tente atribuir à população. Por tanto, senador Sarney, desejo boa sorte e um bom recesso”, afirmou o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC).


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) questionou Sarney sobre as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou os senadores de “bons pizzaiolos” na quarta-feira (15). “Pergunto ao senhor, presidente Sarney, se o senhor já falou com o presidente Lula para defender o Senado dessas declarações?”, indagou Cristovam.

Sarney respondeu dizendo que entregaria o relatório de atividades do Senado ao presidente Lula. "E logo que estiver com ele (o presidente Lula), transmitirei as observações do senhor", disse Sarney.

“É preferível correr o risco de cometer injustiças contra esse ou aquele parlamentar, do que cometer injustiça contra a instituição”, afirmou Álvaro Dias (PSDB-PR).

O senador tucano questionou Sarney sobre a composição do Conselho de Ética da Casa e criticou as declarações do presidente do colegiado, que afirmou não estar preocupado com a opinião pública porque ela seria “volúvel”.

“É um deboche para com essa Casa. Gostaria de saber se o conselho vai terminar de vez com a imagem dessa Casa. Para a opinião pública, é uma tragédia ética que se abateu sobre o Senado”

“Mesmo que seja com o seu sacrifício, em nome do meu partido faço esse apelo para que o senhor atue junto ao conselho para que ele possa julgá-lo de forma transparente e responsável perante a população brasileira”, discursou Dias. “Apelo para que o senhor coloque acima de eventuais interesses de natureza política e integridade pessoal a sobrevivência do Senado”, concluiu Dias.

Robson Bonin

Do G1, em Brasília


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