quinta-feira, 25 de junho de 2009

Auxiliar nomeado por Roseana Sarney foi preso por 'roubo'


O deputado Marcos Caldas (PTdoB) exortou os deputados, nesta quarta-feira, 26, a assinarem uma nota de repúdio contra a nomeação de Luís Regis Furtado para o cargo diretor financeiro da Empresa Maranhense de Recursos Humanos e Negócios Públicos, na estrutura do governo estadual. Segundo Caldas, Luís Regis foi acusado pela Polícia Federal de crime contra a economia popular.

Marcos Caldas teceu detalhes do inquérito policial. Segundo ele, quando exercia o cargo de gerente da Cobal, Luís Regis foi preso pela Polícia Federal. “Está aqui o retrato dele no jornal. Foi preso pela Polícia Federal, algemado, levado para Brasília. A notícia do desfalque saiu no Jornal Nacional e no Fantástico [programas da Rede Globo]”.

Marcos Caldas leu o trecho de uma matéria que informa a demissão sumária do gerente-geral Luís Regis Furtado. A causa da demissão, segundo a matéria, foi a constatação, pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), da variação de peso para menor quantidade “em todos os pacotes verificados”.

“É justo o Maranhão aceitar alguém que veio expulso do Pará por meter a mão no dinheiro publico, tirando 30 gramas de quilo de arroz e de feijão; três vezes mais do que o permitido por Lei no desfalque daquele peso?”, indagou.

Caldas advertiu a governadora licenciada Roseana Sarney e o secretário de Administração Luciano Moreira sobre o passado de Luís Regis na administração pública. Segundo o deputado, Luís Regis foi sujeito de um inquérito policial quando ele exercia o cargo de gerente-geral da Cobal (Companhia Brasileira de Alimentos) do Estado do Pará, que o acusou de crime contra a economia popular.

“Estou colaborando com o governo. Tenho obrigação de denunciar quando vejo que o governo comete um ato errado”.

De acordo com Marcos Caldas, como conseqüência da irregularidade, mais de 130 mil toneladas de arroz e feijão da Cobal foram interditadas para comercialização na regional de Belém. “Ele já foi pego com a mão na botija. É mesmo que colocar a raposa tomando conta do galinheiro”, alertou.

No município de Brejo, de acordo com Caldas, Luís Régis não cultivou uma boa reputação quando exerceu o cargo de secretário de finanças na gestão passada. “Todo recurso que foi para o município, as obras começaram e não terminaram. Por isso o ex-prefeito perdeu a eleição”. Em Brejo, segundo Marcos Caldas, Luís Regis é mais conhecido como “Lalau da Cobal”.

O deputado anunciou que ainda vai apresentar mais detalhes sobre o inquérito policial que investigou Luís Régis. “O inquérito é muito grande”, adiantou.

Marcos Caldas disse que Luís Régis também morou no município de Bacabal e teria saído de lá foragido. “Para terem uma idéia [do caráter], até ação de despejo ele teve em Bacabal por não pagar o seu aluguel”. (Da Agência Assembleia)

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